Ao ler o título do artigo, imagino que a maioria de vocês pensou em dinheiro… mas não é sobre isso que quero falar hoje. Até porque de todos os custos envolvidos, esse, por incrível que pareça, é o menor.

Contudo, falarei sobre preço. Vamos começar com uma analogia. Você quer comprar um celular novo. Para saber quanto esse celular realmente custa, não basta olhar o valor que está na vitrine da loja. Precisamos usar a unidade de medida de nosso bem mais valioso: o tempo. O celular não custa 1.500 reais. Ele custa X horas o seu trabalho. X horas que você poderia estar dormindo, pegando uma praia, passando tempo com quem você ama, vendo sua série favorita… 1.500 reais é só uma representação simplória dessas horas. O problema é que quando tomamos a decisão de comprar ou não o produto, pensamos se temos ou não condições de pagar. Não estamos acostumados a calcular o preço com base nas horas que precisamos abdicar do que gostamos de fazer na vida. Deveríamos.

Hora de levar esse raciocínio para o concurso. Estudar para concurso é caro. Caríssimo, na verdade. Além do valor monetário investido (livros, cursos, inscrições…), você investe muito tempo, energia, expectativas. Uma fortuna em investimento emocional.

O problema é que como o preço emocional não aparece em uma etiqueta, fica fácil ignorá-lo. Olha o tamanho da treta que isso vai gerar na sua vida…

Para comprar o celular, você tem que pagar o que a loja pede, certo? Ou você concorda com os 1.500 reais, ou o celular não será seu. Isso a gente entende claramente. Agora vamos quantificar hipoteticamente o preço emocional da sua aprovação. Vamos imaginar que vai custar 10X. Ou você paga 10X, ou a aprovação não será sua. É tão simples quanto comprar um celular. Creia! Mas você, consciente ou inconscientemente, não se conforma com o preço. Você decide que só vai pagar 5X e “tá bom demais”.

Sabe aquele dia que você fura seu cronograma para ficar vendo TV? Ou o dia de sol que você não admitiu perder? Ou aquele churrasco que te fez deixar os livros fechados por “só um dia”? Tudo isso não acontece por acaso e nem são eventos desconectados. Cada furo é sinal de que você NÃO SE CONFORMA COM O PREÇO.

Esse inconformismo esbarra em 2 problemas:

  1. O examinador continua cobrando 10X pela sua aprovação. Ele não está disposto a negociar.
  2. Outras pessoas não vão discutir o preço. Vão pagar e pronto.

O resultado é FRUSTRAÇÃO GARANTIDA. É como se você fosse à loja e desse 300 reais para o vendedor. Só que pior! O vendedor pelo menos vai te DEVOLVER os 300 reais e te mandar para casa sem o celular! No máximo, você passará vergonha. Se pagar só 5X para o examinador ele te manda para casa SEM NADA!!!! Você não ganha meia aprovação! Você não tem o tempo e dinheiro investidos devolvidos. Você volta para casa mais ferrado do que antes! 5X desgastado emocionalmente e reprovado. Está dando para entender?

Se você não desistir e se resignar com o preço, usará o que aprendeu (pelo menos a gente não esquece… ufa!) para ter mais facilidade em pagar os 10X. E vai passar. O investimento – não tenha dúvidas – valerá muitíssimo a pena! Mas se você desistir depois do desgaste, daí o prejuízo é completo. Tempo, dinheiro e emoções na lata do lixo!

Se você é essa pessoa do texto, você fez metade do esforço – o que é muito, mas não é suficiente. Você gastou o dinheiro suado para comprar o material necessário. Você se sacrificou menos do que deveria, mas ainda assim houve uma boa dose de sacrifício. Faça valer a pena de agora em diante!!! Resignação, amigo! O que você prefere? Fazer 10X e passar ou fazer 5X e ficar reprovado?

Enquanto você não fizer as pazes com o preço da sua aprovação, vai continuar estudando para aplacar a cobrança social e a própria sem – no entanto – ter sucesso. Não se esqueça: O EXAMINADOR NÃO NEGOCIA!

Bons estudos!

Abs

Gabriela

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