* ATENÇÃO: Os exemplos do texto NÃO pretendem ser uma generalização. Cada pessoa é um labirinto de história e um enigma. Cada um age e reage de modo PARTICULAR. Fiz apenas ilustrações de casos que podem OU NÃO se encaixar na realidade de vocês, seus amigos…
Aquele pessoa super alegre do trabalho? Chora escondido (a) no banheiro. Volta plena e sorridente. Ninguém nota.
O amigo que vive de balada em balada curtindo todas, cheio de fotos bombásticas nas redes sociais? Automedica a ansiedade crescente com álcool e distrações fugazes. Ele não sabe que sofre de um transtorno de ansiedade e que isso é tratável de maneira mais saudável. Sente-se vulnerável, fraco, culpado pelas sensações. Bebe mais para esquecer. Os amigos o aplaudem.
Aquela amiga arrogante? Sente uma insegurança abismal. Os exageros no tom e nas histórias são mais para convencer a si mesma do que os outros sobre sua relevância como ser humano. Ela parece atacar, mas na cabeça dela está se defendendo do mundo que a assusta tanto. Os outros a atacam de volta. NINGUÉM PERCEBE O PADRÃO!
O irmão que parece um pouco cuca fresca demais e deixa várias tretas nas suas costas? Tem depressão e não consegue sentir NADA… sobre NADA. A apatia dele o incomoda mais do que te espanta. Ele não sabe bem o que tem e não sabe pedir socorro. Acha que é fraqueza de caráter e que cabe a ele resolver. Só tem piorado. Ninguém nota.
O chefe esquentadinho? Está com mais medo de ser mandado embora do que você. Mas desabafar com os colegas é FORA DE COGITAÇÃO na cabeça dele. A equipe o detesta. Ele se detesta. Explosões!
A colega que engordou 30 quilos em 6 meses e diz que está super de boa comeu demais para se autodestruir e compensar sentimentos. Sofreu um grande baque emocional e ficou muito difícil administrar as emoções. Ela sorri. Ninguém nota a dor. Ninguém conversa com medo de parecer estar cobrando magreza e vaidade. Tem medo de ofender. Silêncio sepulcral. Choros de madrugada. Geladeira aberta às 4 da manhã. Quem se importa?
A amiga blogueira fitness? Bulimia e anorexia. Quanto mais magra, mais é elogiada pelas amigas. NINGUÉM NOTA!
Aquele amigo que é um poço de equilíbrio tem síndrome do pânico. Ninguém sabe. VERGONHA! Melhor não contar a ninguém.
Aquela amiga conselheira das boas não sabe o que fazer com a própria vida. Mas ela tem dificuldade de pedir ajuda. Acostumou-se a colocar as necessidades dos outros na frente das próprias.
O cara que levou um pé na bunda da namorada a traiu para se sentir mais macho. Sua criação o ensinou que homem que é homem tem que “pegar geral”. Agora, diz que não está nem aí… mas sente um gelo na espinha quando olha da varanda de casa e considera o que sabe que não deveria nem considerar. Ele continua “pegando geral”, mas se sente traído pelo “sistema”. Ninguém avisou que a saudade e o remorso iriam doer tanto.
O colega de trabalho que mantém a calma em QUALQUER circunstância chega em casa e grita com os filhos. Sabe que é errado, mas não consegue canalizar a raiva de outra forma. Ela borbulha, mas ele não se sente confortável em expressar descontentamento em público, mesmo que de maneira comedida, como manda o figurino. OS FILHOS NÃO ENTENDEM NADA E SE SENTEM CULPADOS!
O cara tranquilão? Sofre com insônia. Depois de meia-noite, não é nada tranquilão. Ninguém vê! Ele não sabe com quem conversar.
A menina toda despachada? Toma rivotril para cruzar a porta de casa em razão da agorafobia que vem tomando conta dos seus dias. Ela não entende do que tem medo. Depois do remédio, NINGUÉM NOTA!
O cara preguiçoso? Sabe bem o que precisa fazer… mas a ansiedade diante da montanha de tarefas o PARALISA. Quando alguém o critica, deixa pensar que é preguiça. Dá menos vergonha e trabalho do que explicar a ansiedade que nem ele entende direito.
E a profissional mega bem-sucedida?Tem síndrome do impostor. Acha que não é boa o bastante, que chegou onde chegou por sorte e que logo será desmascarada! Mas na realidade, ela é FOD@ mesmo e ralou muito para conquistar o sucesso.
A pessoa que é lenta na verdade tem TOC. É difícil cumprir horários quando se tem que cumprir rituais para sentir algum controle sobre o caos interno.
Moça e rapaz se conhecem. Fingem crer no lema “pega e não se apega”… mas já estão mais do que apegados. Estão exaustos dessa vida de amor líquido que faz o coração doer tanto. Mas confessar isso é PERDER O JOGO. Deus os livre do outro conhecer suas vulnerabilidades. Seria armar o “inimigo”. Uai! Não era uma relação de AMOR??? INIMIGO???? ONDE??? PQ?? Como diria minha avó: os dois vivem como o bode e a onça! Um finge desinteresse para conquistar. Gera insegurança no outro. Que finge desinteresse para conquistar. Isso gera insegurança no outro. Que finge desinteresse para conquistar…. looping!!!! Nenhum dos dois está feliz. Todo mundo queria abolir essa palhaçada! Mas quem vai abrir o jogo e dar o braço a torcer? Uma hora os dois cansam. Fim de relacionamento. Poderia ter sido. Não foi.
Eu me pergunto… e se a gente passasse a notar? E a falar? E a perguntar? A confessar? O que aconteceria?
E se todos nós tirássemos as máscaras? As pessoas se tratariam da mesma forma? Falariam com a mesma rispidez? Seriam tão agressivas? Nós seríamos tão críticos? Seríamos mais felizes? Mais solidários? Mais altruístas?
Não tenho resposta para nada aqui. Só tenho as perguntas.
Bjs
Gabi

3 respostas para “Baile de máscaras nosso de cada dia”

  1. Talita disse:

    Adoro ficar lendo conteudo dessas blogueiras elas são demais. E só contéudo top

    Parabéns !

  2. Bacana demais esse artigo, estava pesquisando o assunto na
    internet e acabei achando esse site… Muito Legal!!!

  3. Aqui é a Camila De Oliveira, gostei muito do seu artigo tem
    muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.

    Visite meu site lá tem muito conteúdo, que vai lhe ajudar.

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