Se o seu concurso contempla fase discursiva, você precisa de uma preparação TODA ESPECIAL. Isso porque costuma valer muitos pontos e vááários candidatos negligenciam o estudo específico, preferindo contar com a “inspiração” na hora de escrever. Isso quase sempre acaba mal.
O que fazer então?
1) ENTENDA SEU EDITAL. Você enfrentará uma redação sobre atualidades ou uma questão de conhecimentos específicos? Se for sobre atualidades, o texto será dissertativo descritivo ou expositivo? Isso faz toda a diferença do mundo! E outra: Por vezes as bancas não informam com clareza qual tipo de dissertativo querem. O mais seguro é conversar com seu professor de redação para saber o que sua banca provavelmente espera de você nesse caso!
2) FAÇA UM CURSO DE REDAÇÃO COM CORREÇÃO (Seja redação sobre atualidades ou uma questão de conhecimentos específicos). Não adianta ler a teoria e não ter um professor para apontar seus erros, sugerir soluções e te informar o que a banca espera de você. Ao contrário do que alguns desavisados imaginam, há uma série de critérios de correção. Se você não apresentar o que a banca espera, é nota baixa na certa.
3) TREINE. Quanto mais você escreve, mais rápido consegue fazer seus textos e mais macetes você desenvolve. Estudar a teoria e não escrever muito tem o mesmo efeito prático de ler sobre futebol e nunca jogar.
4) NÃO ESPERE PELA INSPIRAÇÃO. TENHA UM PLANO. Muita gente tem o problema de não conseguir começar a escrever. Isso porque a pessoa imagina que a inspiração vem e que ela sairá escrevendo na prova o texto na versão final. Daí ela fica lá, minutos correndo no relógio, e nada do “milagre” acontecer. NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA PARA 99% DAS PESSOAS. Por isso, você precisa criar um “esqueleto” da sua redação. Depois de criado o seu “plano de ação”, escreva o texto.
5) NÃO SEJA MUITO CRÍTICO NO INÍCIO. Na hora de montar o esqueleto do seu texto, nada de ficar bloqueando seu fluxo criativo com julgamentos! Escreva TUDO o que vier à cabeça sobre o tema cobrado. Palavras soltas, frases inteiras, perguntas, um ditado popular. TUDO! Depois você descarta o que não faz muito sentido. É fundamental deixar as ideias fluírem.
Exemplo de esqueleto:
TESE CENTRAL (genteeee!!! Atenção! Ela tem que ser clara como água e aparecer SEMPRE no primeiro parágrafo) –> Qual ideia você defende?
DESENVOLVIMENTO
– Argumento 1
– Argumento 2
– Argumento 3
– Argumento 4
Obs: Não coloque nenhum argumento que não possa explicar. Use exemplos para clarear os pontos abordados. Lembre-se de que o examinador não está na sua cabeça, ok? Se você não passar a ideia completinha, ele pode não entender o que tentou dizer.
Obs 1: Em vez de usar um argumento, pode usar um contra-argumento e refutá-lo. Ou seja: Rebata um possível argumento contrário à sua tese central.
Obs 2: Se usar dados estatísticos ou citações, diga a fonte. Afinal, o examinador precisa ter certeza que você não simplesmente inventou! rs
Obs 3: 1 ou 2 argumentos por parágrafo. O número de argumentos vai depender do número de linhas que você tem disponível.
CONCLUSÃO –> Retome a tese central e apresente soluções para a questão. Assim, seu texto fica “amarradinho” e o examinador não fica com a impressão de que você abandonou a tese, que começou a falar de um assunto e acabou se perdendo pelo texto.
VOU DAR UMAS DIQUINHAS DE TEXTO BEM SUPERFICIAIS. NÃO SOU PROFESSORA DE REDAÇÃO E REFORÇO QUE É ABSOLUTAMENTE FUNDAMENTAL QUE VOCÊ FAÇA UM CURSO COM CORREÇÃO ESPECÍFICO PARA SEU CERTAME. DAREI ALGUMAS DICAS COMO JORNALISTA, OK?
– Alterne frases longas (até 2 linhas e meia) com curtas (até 1 linha). Isso dá RITMO ao texto e colabora com a clareza.
– Faça parágrafos mais ou menos do mesmo tamanho. Isso dá EQUILÍBRIO ao texto.
– 1 parágrafo de introdução e 1 de conclusão. Nunca 02 ou mais de cada,ok? UM! O restante são parágrafos de desenvolvimento.
– Evite firulas. Nada de rebuscamento para impressionar. O examinador é perito e vai perceber que aquela palavra “de impacto” que você escolheu para mostrar conhecimento na verdade não orna com o resto do seu vocabulário. Além disso, o objetivo é COMUNICAR COM CLAREZA. Não se esqueça disso!
– Nada de frases feitas ou expressões batidas (ex: “inflação galopante”)
– Cuidado com adjetivos. Eles ocupam o espaço de um FATO e não dizem muito. Acabem sendo a alternativa favorita dos “enchedores de linguiça”. Por mais que o texto seja opinativo, opine com base em FATOS.
– Não “encha linguiça”. O examinador percebe em 3 segundos o que você está tentando fazer. Se você montar um bom esqueleto da redação, terá INFORMAÇÃO/ARGUMENTOS de verdade a explorar. “Encher linguiça” denuncia ao examinador que você não tem conteúdo sobre o tema abordado. O pior é que vocês até possuem esse conteúdo na cabeça, mas sofrem com a dificuldade de colocar no papel. A solução? Pense que você está EXPLICANDO O TEMA PARA MIM. Do jeito que você fala para mim, escreva. Lembre de mim na hora da redação. Tenha um texto DENSO de informações.
– Saiba do que está falando (para não precisar “encher linguiça”!). Para isso, compre um material de atualidades e leia! Assim, não terá que gastar muito tempo selecionando em jornais o que deve ler.
– Faça o MELHOR TESTE DE CLAREZA DO UNIVERSO: Leia seu texto para um completo leigo no assunto tratado ou alguém como pouco estudo. Se essa pessoa não entender nada, a culpa é sua.
– Tenha começos de texto, de frases do desenvolvimento e da conclusão prontinhos na cabeça. Isso vai driblar o problema do “branco” na hora de escrever. Estude bastante sobre conectivos. Eles são ótimos para iniciar frases quando as ideias escasseiam. Para começar, descubra qual é seu forte. Começar com exemplos, alusão histórica, declaração, definição de uma palavra-chave, dados estatísticos, citação… Por isso, é importante fazer muitos textos. Você naturalmente vai “memorizar” essa estrutura da redação e vai lançar mão dela na hora da prova.
– Leia redações nota 10. Isso vai te ajudar no item citado acima.
– Escreva marcando o tempo. De nada adianta fazer um texto maravilhoso se você gastou 3 horas.
Espero ter ajudado!
Abs
Gabi
Dicas valiosas.
Valeu Gabi!!!!!